Sou a Maria João Angélico, nascida no Porto em 1981, e ao longo da minha vida muitas foram as questões e crises existenciais no que concerne a todo o processo do ser humano aqui no plano terreno. Além de alguns livros a que fui tendo acesso desde adolescência e que me foram trazendo algumas respostas e mais questões ainda, veio ao meu encontro uma ferramenta extraordinária, a Astrologia, mais precisamente a Astrologia Kármica.
A Astrologia fez-me perceber de que há uma linguagem, uma escrita que nos mostra uma estrada, onde visualizamos de onde vimos e para onde nos estamos a dirigir dentro de nós.
É uma arte, uma ciência, uma ferramenta de autoconhecimento que tem origem em tempos remotos. Platão escreveu sobre Astrologia no ano de 365 a.c. e o primeiro horóscopo pessoal foi desenhado em 410 a.c..
Esta ciência consiste no estudo dos astros, baseando-se portanto na observação do céu e dos movimentos dos seus corpos. Através desta observação e de ferramentas matemáticas começou a desenhar-se o posicionamento dos astros e suas ligações, de onde nasceu o que conhecemos hoje por mapa astral. O mapa astral pessoal é então a “fotografia” do céu no momento exato em que nascemos, sendo calculado através da data, hora e local de nascimento.
Desde cedo, temos um contato com a Astrologia, pois ensinaram-nos que temos um signo. No entanto o que habitualmente designamos por signo, o nosso signo solar, é apenas um dos espetros do nosso mapa e de tudo o que nos compõe, no seio de tantos outros elementos e de toda a dinâmica entre eles.
Existem vários ramos e leituras na Astrologia, a Astrologia Kármica permite-nos fazer uma leitura dos padrões e experiências que criamos e se repetiram ao longo de várias encarnações e que carregamos connosco. Tudo isto é ativado conscientemente e na maioria das vezes inconscientemente nos nossos comportamentos diários e responsáveis por atrairmos uma série de situações e pessoas para a nossa vida.
Esta leitura é uma luz para o entendimento de nós mesmos e do nosso percurso de vida, é um convite à história da nossa evolução.
Além de outras ferramentas que fui experienciando e que enriqueceram a minha experiência pessoal e profissional, há uma que não posso deixar de fazer referência e que muito me tem apoiado e mostrado neste meu processo terreno, o Xamanismo.
O Xamanismo é uma filosofia que nos religa à natureza e nos relembra que nós humanos também somos parte dessa natureza. Preconiza que tudo o que existe está interligado numa rede maior, nada existe de forma isolada, tudo está conectado num grande sistema. É uma filosofia que podemos vê-la na forma de vida de muitas tribos que vivem em comunhão com a natureza e com um sentido muito apurado de comunidade.
O Xamanismo ajuda-nos a religarmo-nos à nossa própria natureza, à nossa essência, redescobrir o nosso potencial, centrarmo-nos nele e usá-lo para cumprir o nosso propósito de vida e consequentemente para o bem maior de todo o Sistema.
A mim, além deste encontro com a minha essência e potencial, ajudou-me a lidar com os meus medos e inseguranças, a saber estabelecer limites, a tornar-me mais autoconfiante, mais centrada, mais enraizada, a saber ocupar o meu lugar perante a vida e perante os sistemas onde estou inserida (lembrando que o nosso primeiro sistema é a família).
O Xamanismo permite-nos descobrir o sentido da vida, da espiritualidade através da natureza, dos quatro elementos, da própria observação do céu e dos seus corpos, bem como dos seus ciclos a partir da Terra. Daí ser comum vermos imagens ligadas ao Xamanismo, de animais, ervas, florestas, rios, fogo, pedras, sol e lua, instrumentos de som como tambores, maracas, etc (que emitem sons da Terra) e que nos religam ao maravilhoso planeta em que escolhemos viver.
Duas ferramentas que continuarão a acompanhar a minha jornada e que nos relembram que Tudo é em conjunto com o Todo e que Tudo Pertence e tem um Lugar e uma Função.
Por Maria João Angélico
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